.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

UEM COGITA A ABERTURA DE UM CURSO NA ÁREA DE COMUNICAÇÃO

Isabela Alves de Paula
isabela12isa@hotmail.com


Bloco 10 da UEM, em reforma

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) poderá contar, a partir de 2010, com 18 cursos presenciais novos. O reitor, Décio Esperandio, informou ao jornal ‘O Diário’, no final de setembro, que está sendo cogitada a abertura de um curso na área de Comunicação, ainda para o começo de 2011. Em entrevista a Edson Pereira Filho, do Diário, Sperandio garante que a criação dos novos cursos é um projeto posterior ao de reestruturação dos já existentes. Ressalta, também, o fato de tratar-se apenas de hipóteses, que dependem da iniciativa financeira do Governo.

O reitor afirma que, além do investimento em novos cursos, o governo Estadual também financiará melhorias nos já existentes. Tiago França, graduado em História pela Universidade e mestrando pela mesma, ilustra o ponto de vista dos estudantes acerca da infraestrutura: “O caso das Humanas que eu conheço bem. Vemos uma situação bem complicada: o curso de História, que existe desde a década de 60, se não me engano, não tinha bloco de salas próprio até o período em que estudei na graduação(2006). Tive aula em diversos blocos da UEM, os laboratórios eram todos espalhados. Hoje melhorou muito pelo bloco H12, que tem alguns laboratórios e a secretária do mestrado em história, mas mesmo assim o nosso curso é todo espalhado pela UEM.", completa.

Tiago França também menciona o problema da continuidade das obras após o processo eleitoral: "A UEM está tentando melhorar sua estrutura, graças a um programa de melhoramento da educação que vem dos governos estadual e federal. Como infelizmente no Brasil não há uma política de continuação nas obras do antecessor, há uma grande ameaça de na próxima eleição haver uma mudança geral na política educacional tanto federal quanto estadual. Eu espero que não tenhamos um monte de cursos sucateados por falta de recursos”, diz.

Já existem duas outras instituições de ensino superior na cidade de Maringá que disponibilizam o curso de Comunicação Social com ênfase em Jornalismo. A disputa no mercado de trabalho na região é acirrada, mesmo sem o advento de um novo curso na área.

Embora o candidato à faculdade de Jornalismo na UEM esteja sujeito à uma maior seleção para o ingresso na Universidade, a professora e editora-chefe do programa Tribuna da Massa, Valdete da Graça, afirma que a procedência da formação profissional não é diferencial para a contratação do jornalista recém-formado. “Eu mesmo sou da Metodista, uma faculdade considerada grande e boa. Se eu não soubesse fazer o que me pediram para fazer, eu não seria contratada. Diploma não conta nada. Eu precisava dele para ser contratada, mas nunca me contrataram por causa dele.”, diz ela.

Outra novidade é a natureza tecnológica do curso, intitulado Comunicação em Multimeios. A professora também frisa que esta ‘especialidade’ faz a diferença apenas em algumas áreas. “Se eu estiver precisando de um pauteiro, eu vou contratar uma pessoa que saiba enxergar notícia onde ninguém vê. Se eu estiver precisando de um diagramador, com certeza eu vou contratar uma pessoa que entenda mais de computadores, da área de diagramação.”, aponta Valdete.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...