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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Mudança da data do Enem gera conflitos de opiniões.


Na madrugada de 1º de outubro o ministro da Educação Fernando Hadad adiou o Exame Nacional da Educação (Enem), devido ao vazamento do caderno de provas.Uma denúncia, feita pela redação de um jornal e um vídeo de segurança da gráfica responsável pela impressão das provas, comprovaram que houve roubo do caderno de questões. Aproximadamente 4,1 milhões de candidatos do exame foram informados através da mídia que as provas que seriam aplicadas nos dias 3 e 4 de outubro estava cancelada.

A notícia gerou revolta em muitos estudantes. “Para mim essa confusão toda em cima do Enem só me fez perder a confiança, por que quem me garante que isso não vai acontecer de novo, ou que já não tenha acontecido nos outros anos ”, é o que diz a estudante Bruna Fernanda de Souza Pedroso, 18 anos.

As reclamações feitas pelos candidatos sobre a má organização do Enem começaram desde que foram divulgados os locais de provas, muitos teriam que fazer o exame longe do local onde residem. A respeito deste assunto o Ministério da Educação (MEC) declarou que os candidatos erraram na hora da inscrição. Para a vendedora Tarcila Pereira Roque, 17 anos o erro não foi dos candidatos. “ É a primeira vez que eu faço o exame e achei totalmente desorganizado para ser um exame de nível nacional. A começar pelos locais de provas ! Eu moro em Maringá e vou fazer a prova em Alto Alegre, isso é um absurdo! E ainda disseram que nós é que erramos!”, desabafa.

Para outros a mudança de data foi vista como uma oportunidade de se preparar melhor para as provas. “Olha eu não me preparei muito para o Enem, mas acredito que para quem se preparou de verdade não faz diferença a mudança de data, acho até melhor, pois vou ter mais tempo para estudar” foi o que disse a repositora de mercado Talita Pereira R. Nicolau, 17 anos. Já para Rogério Vergantim Brasil , 38 anos, técnico de química do Núcleo Regional de Educação de Maringá, as mudanças de datas só prejudicarão os candidatos de classe média que tem condição de fazer vários vestibulares, pois a nova data coincide com outros provas , já para os candidatos de classe baixa não haverá prejuizo, pois geralmente eles fazem o vestibular da região como, por exemplo, o da Universidade Estadual de Maringá (UEM) que será realizado sete dias depois.

A respeito do vazamento das provas ele diz que já houve algo parecido na UEM alguns anos atrás e ela não perdeu sua credibilidade, “Geralmente em concursos de grande porte sempre há alguma falha, então acredito que o Enem não será prejudicado por isso”. Não é o que diz Tiago França, 25 anos, professor de História, que da aula para cursinhos nas cidades de Colorado e Maringá. “Essa mudança vai afetar os candidatos sim, pelo fato de que foi feita toda uma preparação para a data determinada, o aluno estudou se preparando para aquele dia”, disse.

O MEC divulgou o nova data do exame, que será aplicado nos dias 5 e 6 de dezembro, com isso o resultado final do Enem terá um mês de atraso, e só será divulgado em fevereiro do próximo ano.

Com o vazamento das provas várias universidades de grande renome no país como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP) decidiram não utilizar as notas do Enem para os vestibulares , para os candidatos que iriam usar a nota do exame para vestibulares destas instituições o MEC disse que ira devolver a taxa de inscrição , mas os candidatos poderão reivindicar somente após a realização das provas.


Por :Vanessa Juliana Pedroso.

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